28.6.13

O que a gente quer

A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
(Gonaguinha)

As vozes das ruas conseguiram ser ouvidas pelas autoridades. Algumas questões passaram a serem resolvidas como a derrota da PEC 37, a diminuição das tarifas de ônibus, a corrupção considerada crime hediondo e certa sensibilidade para o que se está chamando de reforma política, exigida pelos manifestantes como a crise de representação.
Tudo isso requer muita energia, disciplina, coerência e, sobretudo, compromisso ético, elemento ausente nas atividades políticas das representações atuais.
Nas ruas, ouve-se o grito lúcido dos que desejam mesmo uma Nação melhor para todos em todos os aspectos, mas também observa-se a sanha covarde e malfeitora dos que querem apenas quebrar tudo, buscam apenas a desordem, prejudicando a autêntica atitude de protesto, própria de um povo maduro. Aparecem as dissidências entre os próprios manifestantes e os que se apresentam como engenheiros do caos. Em todas as cidades ocorreram esse desfavor à democracia. De uma forma fugidia, para dizer o mínimo, os predadores escondem seus rostos para não serem identificados, debilitando o próprio movimento, cujos fins são acatados e respeitados pelos que querem um Brasil avançado em todos os aspectos da vida pública.
Os jornais noticiam e mostram os rostos marcados por sangue, por balas, tanto de civis, quanto de policiais, numa vitrine que causa asco a qualquer espirito cidadão. As insurreições e os conflitos são parte da dimensão humana na forma de organizar a sociedade civil. O que não se pode coonestar é com ações de uma nova barbárie, em que o gesto da destruição se torna mais forte do que o clamor por mudanças. A gente quer viver uma nação. A gente quer ser um cidadão, como diz a letra da canção de Gonzaguinha.
Não se tem medo do povo nas ruas e das atitudes de protesto e de revolta em que as pessoas se mostram insatisfeitas com os desmandos da governabilidade, em geral, tanto dos empresários dos diferentes setores da economia, quando do Governo, nas suas variadas gestões. Luta-se pela diminuição do preço das passagens. A quem se dirige este protesto? À gestão pública e à gestão privada? Ou apenas à primeira? Porque queremos justiça, honestidade, transparência de todos os que oferecem serviços públicos e ao público. Portanto, se o Gigante acordou, é para surgir com veemência contra lucros extorsivos sobre uma população já carente de tantos benefícios.
Veja-se qual a cota de sacrifício do empresariado nacional para ter menos lucro e contribuir com mais hospitais, escolas, creches e qualidade alimentar para a população. Pagam-se impostos, e muito, e na maioria das vezes as verbas públicas são mal utilizadas, mas, pergunta-se, subsidiar grandes empresas não é tirar da população o dinheiro do imposto que poderia ser aplicado de outra forma, como nas melhorias que o povo está pedindo nas ruas?! E qual o retorno das empresas que recebem subsídios, fruto do dinheiro público? Qual a volta para o público, em ações de qualidade de vida?
A coerência entre o falar e o agir testemunha a seriedade das reivindicações das ruas. É indispensável, pois, que não se tenha dois pesos e duas medidas, pois não dá para abrir a Caixa de Pandora e deixar sair dela os males todos, espalhando pelo país a doença, a inveja, a praga, a insanidade, esquecendo que nem todos estiveram dormindo todo este tempo, como lembrava um cartaz das passeatas. Há os que permaneceram acordados em defesa da liberdade e da Nação. Neste novo está contido o velho, que se transforma na própria mudança dos tempos. Sempre é possível a reinvenção. A gente quer viver pleno direito. A gente quer um Brasil para todos. Assim caminha a humanidade nas ruas das nossas cidades.
Cecilia Pires

19.6.13

Caminhadas de Outono

Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...

(Chico Buarque)


Apresentados os diversos pontos-de-vista de comunicadores, sociólogos, politólogos, formadores de opinião, jornalistas, ouso partilhar uma pequena reflexão sobre o movimento das ruas, que estou chamando Caminhadas de Outono. Talvez, com a esperança de que, ao menos no calendário, as estações se sucedem e chegaremos à Primavera. Essas caminhadas das ruas,  ilustradas pelas fumaças dos gases, fogos, balas, spray de pimenta, vinagres podem levar à primavera de nosso país. Os manifestantes querem acordar o gigante, que adormecia.
Todos nos sentimos envolvidos e atingidos pela crise que se mostra no distanciamento entre a sociedade civil e o Estado. Esse fato não é novo, faz parte da história da nossa colonização. A governança faz ensaios de acertos e erros. Tem mais errado que acertado. As caminhadas das ruas, traduzidas no que se identifica como movimentos dos diferentes segmentos sociais, expressa o sentimento de indignação contido durante muito tempo e que começa a explodir face ao descaso no qual a população foi submetida.
A canção de Chico Buarque é ilustrativa: E qualquer desatenção, faça não pode ser a gota d'água... E aconteceu. A gota d’água foi o preço das passagens. Seria ingenuidade, no entanto, ficarmos restritos aos 20 centavos do aumento dos bilhetes. Na
nossa história, a dominação do Estado sobre os cidadãos foi contínua, forte e astutamente dissimulada. As caminhadas das ruas, neste outono, evidenciam o nível de descontentamento, de desconforto, de inconformidade com as condições de saúde, habitação, transporte, educação em que se encontra a maioria da população.
          Não concordo com o espetáculo midiático no qual, muitos se sentem a vontade para fazer a crítica pela crítica, confundindo meios e fins. Não sou partidária de Maquiavel, que justifica o uso de qualquer meio para atingir o fim proposto. Nada explica a depredação de bens e serviços públicos, pois a revolta ocorre, também, pelo mau uso das verbas públicas.
          O protesto é afirmativo como ato civil, porque mostra a capacidade organizativa da população e o uso inteligente das redes sociais, mas pode se tornar negativo, quando usa a violência, provocando a prepotência já instalada no aparato de segurança do Estado. A que leva tudo isso? Ao fortalecimento dos conservadores e aos discursos moralistas. É preciso saber o limite entre a ação da cidadania e da revolta política e a atuação aniquiladora dos que desejam apenas destruir, sem um foco legítimo para essa atitude.
          O amadurecimento de uma sociedade ocorre na medida em que é capaz de lutar por seus direitos, tendo presente o sentido de suas reivindicações. Quebradeira geral
não produz resultado satisfatório. A ideia é reconstruir o Brasil e não destruí-lo. Lutou-se muito para resgatar a democracia sequestrada pela ditadura cívico-militar. Ela ainda está tenra, aprendiz, dá seus primeiros passos.
          Que as Caminhadas de Outono expressem o soluço segurado na garganta de uma sociedade sufocada. Não quero contemplar nas ruas o cenário de uma guerra de todos contra todos. Desejo, antes, acreditar que essas caminhadas conduzam à Primavera desse Gigante, que já não dorme mais.
 Cecilia Pires

13.6.13

A Sociedade em Redes



Manuel Castells, sociólogo espanhol, na conferência intitulada Redes de Indignação e de Esperança, que proferiu no circuito Fronteiras do Pensamento, analisou o mundo atual como se mostrando em redes sociais. O padrão comum se manifesta na sociedade em redes, cuja aparição ocorre pelos movimentos sociais, que buscam e almejam mudanças sociais.
Essa mobilização supera o medo e manifesta indignação, usando a tecnologia da internet, como forma de organização para que ocorra o processo de comunicação entre os indivíduos integrantes das redes sociais. Pode começar desde amigos que se relacionam, passando por grupos de interesse comum face à violação de direitos, que se organizam entre o espaço físico e o espaço virtual. São espaços em que se formam as identidades desses grupos, que não são abstratos e compartem a vinculação a determinados objetivos. Não dividem poderes e nem compartem Partidos, pois o que lhes interessa é a horizontalidade da comunicação. “Vamos devagar, porque vamos longe” assumem como lema de seus encadeamentos sociais. Tudo isso manifesta uma mudança de perfil na sociedade, tendo a internet como base tecnológica; lembra a rede elétrica na era industrial.
A mobilização coletiva resulta, hoje, nas formas de comunicação de um determinado tempo. No tempo atual, a comunicação está baseada nas redes sociais. Temos uma humanidade conectada, refere Castells, mostrando dados que revelam 3 bilhões de usuários.
O surgimento dos movimentos sociais é uma resposta à indignação pelas condições econômicas e sociais determinadas. Uma imagem se espalha com rapidez, principalmente uma imagem de opressão e isso revolta, indigna, mobiliza. Aconteceu nos EUA, na Síria, na Turquia e agora estamos vendo no Brasil.
Além das redes da internet, há muitas outras redes. Elas não são burocráticas e por isso são ágeis e ocupam o espaço público. São visíveis os movimentos oriundos dessas redes e desafiam a ordem estabelecida. Vários são os problemas que dão origem aos movimentos em rede, desde a ecologia até as manifestações em defesa dos diferentes direitos das pessoas. Aí se constrói um espaço de poder, que se espalha nas redes de forma viral. As pessoas se identificam e manifestam sua indignação.
Não há lideranças ou as lideranças não se estabelecem como na organização formal. Não há necessidade de filiação ou representação. A horizontalidade é, pois, o mecanismo dessa forma de participação social. É um novo jeito de pensar a democracia exercitada na prática da ocupação do espaço público. . Os movimentos sociais em rede não têm a pretensão do poder instituído, não buscam a mudança política no sentido tradicional. Não reconhecem o sistema atual como representativo de seus interesses e a indignação surge, exatamente, por esta razão, por combater a perversão nas atuais formas da democracia no poder.
Se a sociedade está em redes, se estamos plugados uns nos outros por esse sistema, trata-se de fortalecer a esperança de que se possa experimentar outra forma de viver em sociedade, de modo menos vertical e mais mobilizador e transformador.
Cecilia Pires

6.6.13

Experiências e Significações




Nosso ato de pensar comunica, para nós e para os outros nossas intenções, paixões, interesses, compreensões diversas sobre a vida. Tudo isso explica nossa capacidade adaptativa. Fizemos ajustes em nosso comportamento. Nos ajustamos às circunstâncias, às mudanças, aos desafios, enfim, somos seres adaptados ao mundo que criamos e que, algumas vezes, destruímos.
É bom lembrar que a ciência começou com observações dos fenômenos da natureza e da vida em geral. Desse modo, pode-se inferir que nós todos colaboramos com os momentos iniciais do fazer científico, fornecendo dados da nossa experiência para serem estudados, de forma aprimorada. Isso, para dizer que as significações do mundo são construídas por nós, pela consciência que temos das coisas, das pessoas, dos valores.
Espanta-nos, por exemplo, o que vemos, ouvimos e lemos, diariamente, acerca da violência contra a mulher. Impacta-nos os registros das mortes das vítimas, que já procuraram auxílio nos órgãos oficiais e não foram atendidas. Mas, o que está na mente dos maridos, companheiros, amantes que usam a violência no trato com a mulher? Que ela é sua propriedade, que ele é seu dono e que decide como senhor sobre a vida e a morte dessa pessoa. Quem age assim, como exerce seu pensar?
Precisamos sempre de leis para regrar comportamentos, ou melhor, para disciplinarem nossas atitudes de adaptação. Mas isso também não é bem entendido, há pessoas refratárias às mudanças dos novos tempos. O caso dos idosos, outro exemplo. São olhados com descaso, estranheza e até desrespeito, porque lhes foi dada prioridade nas filas de bancos, comércio, lugares de ônibus e isso causa incômodo aos que não estão vivendo as dificuldades dos idosos e os olham com desprezo, como se eles fossem privilegiados. Se têm algum privilégio, foi o de viverem até essa idade e só por essa razão, os mais jovens poderiam olhá-los com carinho. O que dizer do motorista do ônibus que arranca bruscamente, não esperando o doso descer, no seu tempo, a ponto de ser jogado no asfalto?!  Qual a experiência do pensar que tem a consciência de uma pessoa que trata a outra dessa forma?
Nossa experiência de pensar é construtora de sentidos, de significados. Ao olhar os outros, o mundo, a nós mesmos, já expressamos a compreensão de significações. O que percebemos está associado aos conteúdos de nossa consciência. Percebemos o vivido, daí a unidade entre a experiência e o saber. Nossa percepção envolve valores, afetos, reconhecimentos, rejeições.
Alguém que mata a pessoa com quem vive, por não conseguir dominá-la, como construiu seu mundo de percepções? E que olha os idosos com desconforto e intolerância, que valores construiu, para perceber o outro?
Nosso pensar indica nosso viver. Nossa consciência na relação com o mundo é quem constitui as significações. Revela nossas experiências.
Cecilia Pires

30.5.13

Sobre o Corpo

Escrever sobre o corpo tem a dimensão da inquietude e da alegria. Inquietude, porque lidamos bem e mal com o corpo, na medida em que nele se evidenciam nossas limitações físicas. Alegria, pois, na medida em que envelhecemos, acentua-se nossa agudeza intelectual e conseguimos, pelas lições da vida, ser mais serenos na apreciação das próprias vicissitudes corporais.
Nos últimos tempos, tenho acompanhado as grandes, contínuas e velozes mudanças tecnológicas na civilização, movida pela racionalidade e pelo sentimento de urgência. Constato, no entanto, que a Ciência ainda não conseguiu descobrir a forma de combater os diferentes males que afetam a humanidade, embora haja esforços significativos para que isso ocorra. Em alguns momentos, somos surpreendidos por doenças já consideradas extintas. Voltam com maior intensidade e produzem sofrimentos à população. Bactérias, vírus, agentes mortíferos estão a nos desafiar para maiores estudos e investigações, a fim de termos um corpo saudável.
No dia em que o mundo cristão comemora o dia de Corpus Christi, na afirmativa compreensão de que houve um Deus com um corpo sofrido, agredido, torturado e que recolheu, como os humanos, todos os desconfortos de dores, aparece em nosso imaginário a intenção de pensar no corpo como a expressão mesma dos limites do humano.
Assumimos projetos vitais como nossa família, nosso trabalho, nossas participações sociais, nossa produção artística ou literária, enfim. Há, todavia, um momento em que nosso corpo manifesta sinais de alerta e informa: pare, recue, recolha-se, redimensione-se! Vimos isso na história da vida de personagens famosos.
Jesus Cristo foi um grande personagem, que viveu todas essas intimidações que o corpo propicia aos mortais. Sofreu, chorou, temeu, sentiu a solidão e o abandono, mas foi até o fim. Não deixou seu projeto, sua missão. Seu sofrimento no Monte das Oliveiras era o sofrimento do humano nele.
Ocorrem distintas opções diante do sofrimento do próprio corpo. Alguns artistas e escritores, como Walmor Chagas, cujo brilho artístico foi inegável, cansou diante das dores demasiadas e da fragilidade que as doenças impuseram a seu corpo. Produziu seu fim. Ernest Hemingway, escritor do famoso romance Por quem os sinos dobram, enfrentou problemas com o álcool e se suicidou. Pedro Nava, nosso ilustre literato, fez o mesmo. Escolheu seu conforto na morte. Virginia Woolf, escritora reconhecida, entrou no Rio Ouse, com um casaco cheio de pedras nos bolsos, mergulhando para a eternidade. Sentiu na doença o limite do seu corpo.
Há os que fazem outra escolha, se olharmos nossos atores premiados, como Lima Duarte, Fernanda Montenegro e Juca de Oliveira, para citar alguns, conseguimos observar a atitude de recolhimento em que se aproximam da natureza e de retorno, quando voltam para partilhar sua arte. Vivem a dialética da própria vida.
Todas essas vidas são e foram vidas vividas na intensidade de um corpo que se tornou linguagem. Um corpo anuncia e pronuncia desejos e vivências. Jesus Cristo, um Deus com corpo, expressou em sua linguagem o desejo de uma vida de paixão e de fraternidade. São as formas pelas quais o corpo fala.

Cecilia Pires

23.5.13

Nosso cérebro


Vivemos como pensamos ou pensamos como vivemos? Trata-se de uma importante questão para os que se preocupam em usar o cérebro. Especialistas os mais diversos estão a estudar o cérebro numa perspectiva além das estruturas anatômicas e fisiológicas. Busca-se pensar o funcionamento do cérebro naquilo que ele é estimulado e condicionado por nossas vivências.
O filósofo Krishnamurti nos estimula a pensar sobre a importância do cérebro nos condicionamentos da nossa vida, nas várias instâncias desde a vida relacional até os níveis mais sofisticados do conhecimento. Ele diz que ler e não aplicar concretamente, de nada adianta, pois não tem qualquer significado.
Somos esse conjunto de processos cerebrais que nos induzem a compreensões culturais, religiosas, ideológicas, valorativas das quais decorrem o tipo de vida que levamos. Condicionamos nosso cérebro a lidar com as questões vividas pela percepção que temos sobre as pessoas, as coisas, a natureza, etc. Como se valida em nós uma ideia de preconceito, por exemplo? Alimentamos essa ideia e ao torná-la forte em nós, nosso cérebro concentra a ideia de preconceito que se traduz em atitudes. Então podemos abastecer nosso cérebro com ideias de generosidade, ao invés de condicioná-lo com ideias egoístas ou individualistas, podemos se quisermos assumir valores edificantes, ou não, ao que está sendo dito e ouvido?  O ato de escutar é muito importante, mas praticar o que se aprendeu, na esfera do bem, é imprescindível.
Nossos cérebros programam e condicionam nosso modo de vida. As preocupações mais diversas, as nossas dores e nossos preconceitos condicionam nosso cérebro a pensar, elaborar e agir. Trata-se de querermos investigar a qualidade da nossa própria vida, a natureza do nosso comportamento e o processo do nosso pensamento. O nosso cérebro desenha a fisionomia que temos do mundo.
Quando estabelecemos laços conceituais com o mundo fizemos uma espécie de tradução dos dados empíricos, elaborados pelo nosso cérebro. Não se trata de aceitar um viés idealista, que admite formas pré-estabelecidas para conhecer a realidade das pessoas e das coisas. O que se quer destacar é o fato de que dados são armazenados em nosso cérebro, possibilitando que o nosso foco de atenção tenha uma direção, expresse valores, apresente compreensões diversas e, especialmente, que se possa produzir condicionamentos razoáveis para viver a vida possível, quando não se pode viver a vida desejável.
Na esfera da consciência, há um ir e vir de experiências tanto teóricas, quanto empíricas e que resultam do processo pelo qual alimentamos nosso cérebro. Produz-se, então, um acúmulo de reflexões dando ao sujeito possibilidades de pensar o próprio pensamento. Tudo isso pode oportunizar uma forma de vida mais qualificada, menos sofrida e, sobretudo, melhor assumida com autonomia e responsabilidade, se condicionarmos nosso cérebro para o bom e o justo.
Deixamos de ver “fantasmas”, de temer prognósticos sombrios, de ter pensamentos derrotistas e fatalistas, dinamizando nosso cérebro para uma fidelidade com a vida, que escolhemos viver. Nosso cérebro se condiciona para mudar a fisionomia do mundo.
Cecilia Pires